​Desigualdades Persistem na Educação Básica Pós-Pandemia, Aponta Levantamento​

Pesquisas confirmam que níveis educacionais pré-pandemia ainda não foram alcançados.

Desigualdades Persistem na Educação Básica Pós-Pandemia, Aponta Levantamento

Um levantamento recente revela que a aprendizagem dos estudantes da educação básica no Brasil ainda não retornou aos níveis observados antes da pandemia de COVID-19. A situação é particularmente preocupante no ensino médio, onde o percentual de alunos com aprendizado adequado em Língua Portuguesa caiu de 33,5% em 2019 para 32,4% em 2023. Em Matemática, a queda foi ainda mais acentuada, de 6,9% para 5,2% no mesmo período.

Além da queda geral no desempenho, o estudo destaca o aumento das disparidades raciais na educação. Entre 2013 e 2023, a diferença de desempenho entre estudantes brancos e amarelos em comparação com pretos, pardos e indígenas aumentou significativamente. No 9º ano do ensino fundamental, por exemplo, 45% dos alunos brancos e amarelos alcançaram o nível adequado em Língua Portuguesa em 2023, enquanto apenas 31% dos estudantes pretos, pardos e indígenas atingiram o mesmo patamar. Em Matemática, a defasagem entre os dois grupos nessa etapa de ensino aumentou 2,4 pontos percentuais no mesmo período.

“No que a gente chama de recomposição de aprendizagem, possamos identificar quais são esses estudantes que ainda não desenvolveram competências e habilidades muito básicas, que já deveriam ter sido desenvolvidas, e com materiais próprios, com apoio, com mais tempo em sala de aula e muito apoio ao professor, a gente possa ter esses programas de recomposição, de recuperar essa aprendizagem para que os estudantes tenham o seu direito garantido.” (Gabriel Correa, Todos pela Educação, 2025)

Esses dados evidenciam a necessidade urgente de políticas públicas eficazes que abordem as desigualdades educacionais e promovam a equidade no acesso à educação de qualidade para todos os estudantes, independentemente de sua origem racial ou socioeconômica.

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